Bem-vindo(a)! Este blog foi criado como uma ferramenta de avaliação para o Curso de Especialização Ética, Valores e Cidadania na Escola, oferecido pela Universidade de São Paulo.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Vídeo-aula: 28

O professor não pode estar só. O espaço interdisciplinar e a comunidade
Prof.ª Jaqueline Amorim

Fonte: www.jianeevs.blogspot.com

Diagnóstico da situação, a intervenção e a parceria com a família, comunidade e profissionais da saúde.
A Constituição Federal de 1988 traz como princípio a "igualdade de condições para acesso e permanência na escola" e "direito de todos". Porém, na prática isso não acontece.
Com a inclusão na sala de aula o professor se encontra só e isso gera frustração ao professor. Essa questão de lidar com a frustração merece atenção.
O professor, sozinho, ainda que busque ajuda na equipe escolar de apoio, vê muitas vezes que não dispõe de recursos para atuar efetivamente na situação, vê seu esforço e o seu recurso esgotado no âmbito educacional e chega à conclusão de que aquela escola, aquele grupo já não pode mais fazer nada por aquele aluno. Assim, torna-se natural compreender que o aluno não tem recursos para estar ali.

Aluno e professor são responsabilizados, culpabilizados pelo insucesso, personificam-se as dificuldades e culpabilizam-se pessoas.  Assim acaba por ser excluído e o professor sente-se desvalorizado e desestimulado.

Mas afinal, quem pode ajudar nessa situação?

Para essa resposta surgem duas equipes: A equipe escolar e profissionais/equipe multidisciplinar. Cabe à escola acionar a equipe multidisciplinar.

A equipe interdisciplinar possibilita a ampliação das perspectivas e possibilidades, maneira de compreender o aluno com Necessidades Educativas Especiais  e a maneira de rever e compreender  o papel do professor (limites e possibilidades).

Sala de aula: o professor não esta só

A sala de aula precisa de professores com disponibilidade à mudança e à compreensão em favor do aluno, que esteja aberto a aprender e atualizar-se, compartilhar conhecimento,  que esteja disposto a compreender esse aluno com o apoio de outros profissionais, que enfatize aos pais os avanços alcançados e não só as dificuldades, que tenha disponibilidade de planejar aulas com o apoio da equipe de coordenação pedagógica e/ou de Educação especial.  
O professor pode e deve exigir que a equipe escolar cumpra o seu papel no estabelecimento de parcerias e acesso a serviços de suporte, a fim de que seus alunos sejam atendidos em suas necessidades espaciais. Nas e para além das educacionais.

Vídeo-aula: 27

O professor não pode estar só: parcerias dentro da escola.

Prof.ª Claúdia Helena Yazlle
www.vercompalavras.com.br

Diagnóstico da situação e a parceria com a escola como um todo, incluindo-se aí as demais crianças da classe e escola, os familiares, a coordenação e direção, além dos demais funcionários.
As mudanças que ocorreram nos últimos anos provocam a transformação dos docentes. A inclusão é um processo complexo que envolve inúmeros atores, protagonistas centrais.Antes, tínhamos um contexto, hoje temos outro.

Inclusão escolar
·         Lidar e articular as diferenças sociais econômicas, culturais e individuais (de desenvolvimento humano)
·         Trabalho em equipe / coletivo.
A inclusão envolve outras relações, da criança com os outros (diferentes sujeitos, em diversos contextos).

Famílias de criança  com Necessidades Educativas Especiais
·         Busca de aceitação e acolhimento do filho;
·         Estabelecimento de vínculos e relações sociais;
·         Autonomia e independência;
·         Busca de aprendizagem.

Demais famílias:
·         Receio de imitação e agressividade;
·          "perder" em aprendizagem;
·         Valorização da inclusão como princípio ético.
Professores:
ü  Dúvidas em relação ao “estar preparado”.
ü  Como garantir a aprendizagem?
ü   Como lidar com as diferenças?
ü   Disciplinas e regras: são as mesmas para todos?
ü  O professor deve mergulhar nesse processo de questionamento e buscar uma compreensão.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Vídeo-aula: 26

Professor autor

Prof.º Gabriel Perissé
Fonte: www.helenavetorazo.blogspot.com

A aula aborda a terceira dimensão da formação docente: a autoria. Sendo que a Primeira dimensão é a Leitura: primeiro lemos, interagimos com o texto da vida; a segunda dimensão é a Reflexão: num segundo momento, e simultaneamente, refletimos, pensamos, assimilamos, e por fim a terceira dimensão é a Autoria: logo na sequência estamos criando, co-criando, produzindo, sendo autores.
A experiência da leitura pode questionar, ampliar, revolucionar, aperfeiçoar nossa visão de mundo e nos fazer criar um sistema pessoal de convicções, e isso  expressamos como autores.
A fala, ou seja, a linguagem esta unida ao pensamento, estamos, a todo tempo, falando, fabulando, conversando com os outros e conosco mesmos.
Nós falamos por conta própria a nos expressamos por conta própria.
Um profissional da educação que não é autor de suas ideias e ações, que não é responsável por aquilo que faz e que apenas obedece, de forma servil, não pode também ser um propiciador de autonomia.
Existe uma falha quando dizemos que formamos para autonomia e não temos autonomia em nosso próprio espaço de formação. O profissional docente precisa exercitar sua própria crítica e autonomia, tendo total liberdade de tomar suas decisões.
A autoria está muito ligada ao exercício da liberdade; o criador é livre, cria as próprias regras do seu fazer, entra em sintonia com o material que manipula. Este momento de grande autonomia, liberdade e sintonia devem estar presentes na sala de aula.
A autonomia do docente não se conquista sem um estilo de ensinar conquista à medida que trabalha e abre espaço a seu próprio estilo e personalidade.
Muitas vezes, infelizmente, os professores brasileiros são maltratados e permanecem calados, abnegados, tão sacrificados e na verdade deveriam ser líderes sociais, referências intelectuais da sociedade.
É necessário que o professor cause uma ruptura, uma surpresa, um certo desconforto, para que, assim, possa reconstruir o conhecimento com sua própria maneira de ver o mundo; ele deve surpreender-se e surpreender os outros, saindo, dessa maneira, da comodidade, do lugar-comum. É preciso criar novos âmbitos, novos espaços, novas ideias, criar convicções pessoais.  
Também é tarefa do professor atuar na internet, já que as crianças e jovens de hoje já nasceram no ambiente virtual, na chamada era digital. É importante que o professor autor atue na internet, crie seu espaço para interagir com pessoas de todas as idades, inclusive, com seus alunos, sempre, claro, lembrando-se de se manter nos limites da ética humana. 
“O mínimo que se exige é que cada professor elabore com mão própria a matéria que ministra.”
“Tal elaboração será uma síntese barata, se for reprodutiva, mas será criativa, se acolher tonalidade própria e construtiva.” (Pedro Demos. Futuro e Reconstrução do Conhecimento. Petrópolis, Ed. Vozes. 2004)
Falar em reconstrução, primeiro deve haver a ruptura, o desconforto, para poder cada um construir e criar novos âmbitos,
O docente deve compreender a importância da participação na web, a presença do professor é marcante na web, não podemos ficar a margem, devemos criar blogs, sites, estar nesse ambiente.
Nesse contexto: “Cabe ao professor educar a web, porque como qualquer âmbito de convivência, há de tudo, e o nosso papel como educadores não é só apenas dar a lição de casa, mas viver a nossa própria lição dentro  de todos ambientes e isso nos compromete muito mais. Não somos apenas cumpridores de tarefas, aulistas, temos um papel de liderança na sociedade.”
E as três ações triviais tão necessárias, da formação e da prática docente são ler, pensar e escrever (ser autor). E elas  coincidem com a nossa própria existência.

Vídeo-aula: 25

O Professor pensador

Prof.º Gabriel Perissé

A aula aborda a dimensão da reflexão na vida do professor.
O exercício da curiosidade, da reflexão e do diálogo com o extramental nos leva ao momento das decisões. O curioso é aquele que faz perguntas, que não se satisfaz com as primeiras respostas, que questiona as próprias causas, que tem uma inquietação intelectual, e isso é normal.
Primeiramente devemos ter o exercício da curiosidade, da reflexão do dialogo .
Pensamento vivo, dialogante, baseado na curiosidade.
O professor deve esclarecer as curiosidades de seus alunos, e instigar mais perguntas e curiosidades.
 A experiência da leitura pode questionar, ampliar, revolucionar, aperfeiçoar nossa visão de mundo e nos fazer criar um sistema pessoal de convicções.
Temos opiniões e achismos a respeito de tudo - o chamado intrusismo: pessoas das mais diferentes áreas profissionais sentem-se aptos a falarem sobre tudo e qualquer assunto; sem antes construir um sistema pessoal de convicção e não somente de ideias, que são conceitos aprofundados fortalecedores da nossa maneira de ver o mundo e nos comportar nele.
Quando devemos tomar uma decisão, a mesma deve estar baseada em uma convicção construída. Temos nessa questão um dos principais papeis da educação: transformar pessoas em seres ponderados.

“Tu és a tua própria lição de casa.” (Franz Kafka)

Quantas vezes vemos os alunos levarem para casa tarefa que são desgastantes e sem significado. O contrario é quando transformo a lição de casa em uma tarefa atraente, isso se torna significativo e concreto.
O docente deve fazer uma mediação e transformar a necessidade do aprendizado em prazer em conhecer.
 E isso consiste na pedagogia reflexiva que é não apenas na transmissão burocrática de conhecimento, mas em um verdadeiro encontro entre a iniciativa do professor e dos alunos, entre o talento, a vocação e a curiosidade do professor e o talento, a vocação e a curiosidade de seus alunos também.
A tarefa do educador é surpreender seus alunos, promover situações que gerem o prazer em aprender.

 “Se ler é assimilar, eu me transformo um pouquinho naquilo que li, eu apreendo e assimilo um pouco a visão de mundo e com isso amplio, revoluciono a minha visão de mundo.”
“Essa é a relação que há entre leitura e pensamento. Eu leio não apenas para decifrar, mas para compreender a leitura e o que vai além da leitura, para me compreender.”