Bem-vindo(a)! Este blog foi criado como uma ferramenta de avaliação para o Curso de Especialização Ética, Valores e Cidadania na Escola, oferecido pela Universidade de São Paulo.
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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Vídeo-aula: 28

BULLYING

Prof.ª Kátia Pupo

A vídeo-aula vai abordar o bullying em suas diferentes dimensões, discorrendo sobre o que é bullying, suas conseqüências e intervenções.

O FENÔMENO DO BULLYING

Bullying são todas as atitudes agressivas, que são intencionais e repetidas e que ocorrem sem uma motivação evidente. Pode ser adotado por uma criança ou jovem em relação a outra, ou ainda, em relação a um grupo de jovens em relação a outro grupo.

Característica do Bullying

Desigualdade no poder e na capacidade de defesa dos jovens e crianças envolvidos.

AÇÕES QUE ESTÃO INCLUÍDAS NO FENÔMENO DO BULLYING

HUMILHAÇÕES                       AMEAÇAS
XINGAMENTOS                        EXCLUSÃO
DIFAMAÇÃO                              PERSEGUIÇÕES
CONSTRANGIMENTO            AGRESSÕES FÍSICAS
MENOSPREZO                          ROUBO        
INTIMIDAÇÃO

PESQUISAS SOBRE O BULLYING

As pesquisas no Brasil sobre o Bullying começam em 2003, mas o bullying começou a ser estudado a 30 anos atrás, década de 70, por um sueco chamado Dan Olweus, que desenvolveu uma pesquisa muito ampla.

ABRAPIA (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infãncia e à Adolescência), desenvolveu uma pesquisa bastante ampla, e seus resultados merecem a atenção dos educadores, resultados estes que são:

ü   40% dos jovens, já vivenciaram uma situação de bullying, como vítimas ou agressores;
ü   50% das vítimas, por se sentirem ameaçadas ou não querer decepcionar os pais, não denunciam;
ü  O bullying geralmente acontece na sala de aula ou na presença de um adulto;
ü  Agressões físicas, não há diferença de sexo, tanto meninos quanto menias cometem, a diferença esta na maneira. Meninos praticam agressões físicas enquanto meninas praticam fofocas, difamação e exclusão.

BRINCADEIRA OU BULLYING

  Para se caracterizar como bullying tem que apresentar principalmente:

Ø  Ação repetida e intencional;
Ø  Duração prolongada;
Ø  Falta de motivação;
Ø  Desequilíbrio de poder;
Ø  Impossibilidade de defesa.

Vídeo-aula: 27

PRÁTICAS DE CIDADANIA

Prof.ª Patrícia Junqueira Grandino


A vídeo-aula aborda o enfoque no desenvolvimento e elaboração de projetos, de atenção direta à comunidade.

A realidade social é construída historicamente e o sujeito produz e é determinado pela realidade social. Por esse motivo, antes de se construir um projeto social, deve-se estudar a realidade da comunidade, seus valores e suas crenças.
Muitas vezes os projetos são elaborados a partir do conhecimento científico acumulado e pressupõe que esse conhecimento científico deve ser transmitido à população. Pode acontecer de a população não aderir ao projeto porque esse conhecimento científico colide com as crenças populares enraizadas nos grupos sociais.
Tendo em consciência essa realidade, ao desenvolver um projeto, as pessoas devem se apresentar e esclarecer os objetivos, deve observar a comunidade e reconhecer as prioridades, os líderes, etc. Também é necessário estabelecer parcerias, e fazer um levantamento das demandas a serem atendidas.

PERSPECTIVA PSICOSSOCIAL SOBRE A REALIDADE SOCIAL

·         Concepção construtivista e histórica cultural compreende que a realidade social é construída historicamente;
·         O sujeito humano produz determinado pela realidade social;
·         Aquisição de conhecimentos – dar sentido ao mundo: constitui processo dialético entre a atividade simbólica a atividade.

IMPLICAÇÕES DA ABORDAGEM CONSTRUCIONISTA NA ABORDAGEM PSICOSSOCIAL

·         A perspectiva construcionista da abordagem psicossocial enfatiza as representações sociais do processo saúde-doença em diferentes grupos ou sociedades;
·         São as representações que orientam as ações de todas as pessoas. É preciso compreendê-las, bem como compreender o sentido pessoal que cada um atribui às experiências, caso se objetive interferir nas ações.

CONTRIBUIÇÃO DA PSICOLOGIA PARA O ATENDIMENTO EM PROMOÇÃO DA SAÚDE

·         Reconhecimento do sujeito humano ampliado pela compreensão psicológica, emocional, resultado do entrecruzamento das dimensões histórico-cultural, biológica, inter e intrapessoal;
·         Reconhecimento das formas de produção de subjetividade que implicam em ciências e determinam posturas e modos de agir nos sujeitos;
·         A relação entre o saber oficial (científico, médico) e o saber popular, precisa ser mediado pela compreensão do sentido construído pelo sujeito (e seu grupo) e pelas representações que subjazem a esse saber.


Tendo esses pressupostos como base, definiu-se as Etapas para a Elaboração de Projetos de Atenção Direta com vista à promoção de saúde, projetos sócio-educativos e que usem o reconhecimento e a efetivação da cidadania humana:

ü  Reconhecimento, caracterização e contextualização do campo onde o projeto quer ser desenvolvido;
ü  Estabelecimento de parcerias com comunidades alvo e seus representantes: conhecer a dinâmica da comunidade, e essa relação de parceria deve ser simétrica e horizontal;
ü  Levantamento conjunto das demandas a serem atendidas;
ü  Problematização das demandas e definição dos temas propostos: alcançar as razões de fundo geradoras dos problemas que a comunidade apresenta.

Etapas para a Elaboração de projetos de Atenção Direta:

Ø  Objetivos (que se pretende ser atingidos).
Ø  Definição do público alvo (deriva dessa investigação o diagnóstico importante que deve ser realizado no início do programa).
Ø   Metodologia e estratégia de intervenção (traçar as melhores estratégias que possam ser elencadas para se atender os objetivos propostos. A metodologia, a estratégia é o procedimento escolhido para atingir, atender os objetivos, e não o contrário).
Ø  Resultados esperados (o que se pretende alcançar, para depois poder avaliar os efeitos, o impacto e a continuidade de um projeto).
Ø  Cronograma (ele organiza e possibilita um planejamento mais efetivo das ações desse projeto; balizar a seqüência das etapas que deverão ser cumpridas).

Vídeo-aula: 24

DIVERSIDADE/PLURALIDADE CULTURAL NA ESCOLA

Prof.ª Daniele Kowalewski

Essa vídeo-aula visa levantar conceitos e discussões para pensar nas práticas pedagógicas, em meio as uma dimensão de valores para uma educação que visa à diversidade.

A diversidade chega na escola na década de 90, com o maior acesso de todos a educação.

ALGUMAS CATEGORIAS PARA PENSARMOS

·         Segundo Silvia Duschatzky e Carlos Skliar em “O nome dos outros”. Narrando a alteridade na cultura e na educação. Os autores oferecem três classificações:
ü  O outro como fonte de todo mal. Início e meados do século XX, o outro deve ser evitado, perseguido e isolado.
ü  O outro como sujeito pleno de uma marca cultural. Risco que podemos correr quando lidamos com a diversidade, o outro preso numa marca cultural.
ü  O outro como alguém a tolerar. O outro tolerado, também é o outro desprezado. Tolerar não é trabalhar com a diferença.

DIFICULDADES PARA LIDARMOS COM A DIFERENÇA

Muitas vezes o trabalho em sala de aula se torna arbitrário, como tendemos a julgar como normal aquele que é igual.

HISTÓRICO E DIRETRIZES

Ø  Constituição de 1988, tem o tema da Pluralidade sendo abordado, num artigo que diz, que o ensino de História do Brasil deve levar em consideração todos os povos e etnias que compõem a nação brasileira.
Ø  Em 1996, na LDB, Leis de Diretrizes e Bases, tem alguns parágrafos destinados às diferenças mas com o foco maior na educação indígena.
Ø  Somente em 1998, com a publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais aparece a Pluralidade Cultural, como um dos temas transversais da educação brasileira.
Ø  Em 2003, assinatura da Lei nº 10.639, que traz a obrigatoriedade da educação da história da África e da cultura afro-brasileira nas escolas. Essa lei é complementada em 2008, pela Lei nº 11.645que estende essa obrigatoriedade a cultura indígena.
Ø  Em 2005, é publicada a Diretriz Curricular nacional para a educação étnico racial, e tanto para a história da África quanto para a cultura afro-brasileira.
Ø  Em 2007, publicação do Programa Ética e Cidadania, que traz elementos como a Inclusão, Direitos Humanos, Ética e Cidadania, através de textos e atividades para que esse trabalho seja contemplado no âmbito escolar.
Ø  Em 2010: Um novo Marco. “Estatuto da Igualdade Racial”. (Julho,2010)
             O estatuto contém os seguintes assuntos:
·         Discriminação Racial passa a ser definida como “distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em etnia, descendência ou origem nacional”;
·         Desigualdade Racial ficou definida como “as situações de diferenciação de acesso e gozo de bens e serviços e oportunidades nas esferas públicas e privadas”;
·         População negra é formada por todas as pessoas que se classificam como tais ou pretos, pardos ou outro termo parecido.

ALGUMAS EXPERIÊNCIAS E QUESTÕES

·         Oficinas com professores e trabalhos em sala de aula: trocas constantes;
·         Questões mais polêmicas: cotas raciais (exige maior debate);
·         O que fazer na escola quanto a temática da pluralidade?
·         Será que nós educadores conseguimos lidar com todas as diferenças?
·         É possível ensinar sobre o outro sem torná-lo exótico?
·         Afinal, como é possível educar na diferença?

Termina-se a vídeo-aula com essas perguntas (dúvidas), porque esse tema está em transição e temos que pensá-lo, discuti-lo e ampliá-lo no âmbito escolar.

Vídeo-aula: 23

ASSEMBLÉIAS ESCOLARES E DEMOCRACIA ESCOLAR

VÍDEO PRODUZIDO PELO MEC E PELA TVE

 A vídeo-aula apresenta a proposta das assembléias escolares, como o momento institucional da palavra e do diálogo. Sua implementação solicita a transformação das relações interpessoais, ao mesmo tempo em que intervêm na construção psicológica e moral de seus agentes. Com as assembléias atinge-se a finalidade de promover a participação das pessoas nos espaços de decisão e de democratizar a convivência coletiva e as relações interpessoais.
ASSEMBLÉIAS ESCOLARES
Os alunos discutem temas pertinentes a rotina escolar, situações problemas que são discutidas no coletivo escolar. Participação do aluno no processo de desenvolvimento moral.
A escola deve ser democrática e participativa, todos tem lugar para expor seus pensamentos. Busca da autonomia do aluno.

ASSEMBLÉIAS:
ü  ESPAÇO DE DIÁLOGO
ü  TRABALHA VALORES DEMOCRÁTICOS
ü  RESOLUÇÃO DE CONFLITOS COTIDIANOS

Existem três tipos de assembléias que são trabalhadas nas escolas:

1)     Assembléia de Classe: A assembléia acontece dentro da sala de aula e tem por função regular as ações dos alunos dentro da própria sala de aula.

Um exemplo dessa assembléia acontece na Escola Comunitária de Campinas –ECC . Nas assembléias os alunos trazem pautas para serem discutidas na forma de crítica, felicitações e sugestões. As felicitações existem para que a assembléia não aborde apenas aspectos negativos. O professor intervém constantemente, mas abre espaços para que os alunos discutam conflitos e busquem soluções.

2)    Assembléia de escola: participam dessa assembléia representantes de todas as turmas, professores, funcionários, além da direção da escola.

A assembléia faz com que comportamentos indesejáveis na escola, fiquem em níveis socialmente aceitáveis. Existe o beneficio da diminuição da violência e da indisciplina, pois acontece o diálogo, mas este não é o benefício principal da assembléia, o principal benefício é a construção de valores por parte das crianças.

3)    Assembléias Docentes: Assembléias dos professores que ocorrem geralmente uma vez por mês.

Os professores de reúnem com a direção da escola, também com uma pauta previamente definida para discutir temáticas relacionadas ao convívio e as relações interpessoais entre eles, discussões acadêmicas e pedagógicas.
O professor aprende passando pela mesma experiência que o aluno passa.

Vídeo-aula: 20

VIOLÊNCIA E EDUCAÇÃO

Prof.ª Flávia Schieling

Essa vídeo-aula aborda a questão da violência nas escolas e os tipos de violência.

1ª Questão: Não é fácil falar sobre violência, mas não é impossível. A violência emudece, desarranja discursos, perturba a ordem.

2ª Questão: Sensação de que a violência tomou conta do mundo, se instaurou na escola, virou fatalidade.


A violência é um problema social. O que fazer com relação à violência?

Para saber o que fazer com relação à violência é primeiro descobrir qual é a queixa, fazendo um diagnóstico e direcionar possíveis formas de ação, estabelecendo conexões.

Há múltiplas formas de violências na escola, por isso tem que se perceber com exatidão o que está acontecendo realmente, possibilitando assim um diagnóstico mais preciso (instrumentalizar) e possibilitando também alguma forma de atuação.

Quando se trabalha com as violências que acontecem no cotidiano da escola, percebemos que há uma generalizada, que diz respeito às violências do entorno da escola, que entram na escola. Exemplo: gangues, tráfico de drogas, etc.
Não são produzidas pela escola, mas estão na escola.

Mas não podemos ignorar que há muitas escolas que estão em territórios violentos, e que não são violentas. De alguma maneira conseguiram construir barreiras a essas interpenetrações, a esse ir e vir da violência do entorno e construíram relações com o entorno da escola (escola protegida).

E para isso acontecer tem que acabar com o mútuo desconhecimento, abrir diálogo com a comunidade, estabelecer conexões com a vizinhança a partir de projetos.

Mais um tipo de violência é a violência que acontece nas famílias, essa entra silenciosamente. Exemplo: comportamento agressivo ou apático de um aluno, tem que investigar pois se deve a família.

Por isso, a escola tem que investigar, estabelecer conexões com os membros da família que queiram falar, com o Conselho Tutelar e Área da Saúde.

Outro tipo de violência é a discriminação. Há violências da escola, por exemplo as que aparecem nas falas dos professores e alunos, são violências simbólicas e psicológicas.

Uma das conexões mais necessárias vê a que acontece no interior da escola, com o coletivo de pessoas adulto, que possam trazer para os alunos um cotidiano rico de conhecimento e interesse.

E há uma conexão a ser feita com a Secretaria da Educação, pois a escola não deve estar sozinha no que diz respeito às questões da violência, porque a escola pode fazer muitas coisas, mas não pode fazer tudo.

Vídeo-aula: 19

PODEM A ÉTICA E A CIDADANIA SER ENSINADAS?

Prof.º José Sergio Carvalho
Nesta vídeo-aula o Prof.º José Sergio, aborda as discussões que os filósofos da Grécia Antiga tinham sobre a possibilidade da formação moral dos jovens (alunos).
“Os homens tornam-se bons e virtuosos devido a três fatores, e estes são a natureza, hábito e razão. Ora, a razão e a inteligência são os fins de nossa natureza. Por isso é necessário preparar-lhes a formação e o cultivo dos hábitos. Já disse de que natureza devem ser os cidadãos [...] o resto é obra da educação.
Realmente toda arte e educação esforçam-se por completar o que falta à natureza. Ninguém porá em dúvida que ao legislador incumbe sobretudo, o cuidado da educação...Pois o costume adequado a cada constituição só é defendê-lo e no começo, fundá-lo também...
E sempre o costume melhor é causa de melhor constituição...
É claro, então, que compete às leis regular a educação e torná-la pública.”
Aristóteles
Segundo Aristóteles, uma sociedade democrática formas cidadãos democráticos.

Politikós = colocar a educação a serviço do bem comum que é a cidade.
Pólis = comunidade política que tem os seus interesses comuns, e cabe a educação formar pessoas para lutar por esses interesses comuns.

A preocupação da vinculação entre educação e formação ética, não é nenhuma novidade do discurso escolar, pertence a toda tradição filosófica que discute a formação escolar.
Por isso na Grécia Clássica já se discutia se a virtude podia ser ensinada.
Quando todos estão dentro da escola, surge o debate sobre a moral.
Aquiles e a ‘Arete’ do Guerreiro
A excelência do guerreiro é sua coragem, seu vigor físico, a nobreza de seu caráter – não era concebida com fruto direto dos esforços educativos, mas como uma dádiva ou como um traço herdado.

Apologia de Sócrates / defesa de Sócrates
Sócrates dedicou sua vida a polis e não acumulou bens, dedicou-se a cuidar do público ou privado, e se a formação ética é possível, ele ressalta: quem tem o direito de formar? E questiona:
Quem poderia ser professor de caridade?
Quem poderia ser mestre de justiça?

O ponto que Sócrates quer chegar é esse, quem é mestre nas qualidades de homem ou cidadão?

E a resposta vem de Protágoras (Platão) : A ética na é uma disciplina especializada, são práticas sociais.
A formação ética dos alunos conta com a participação de professores e da instituição escolar. Mas não se esgota nela, a igreja, televisão, a família, todo o entorno social, influencia na formação ética.
Segundo Protágoras, ocupar-se da educação ética é uma tarefa para todos que trabalham, dentro da escola.

Protágoras, diz que o professor ensina através de exemplos, bons livros (literatura), a formação ética não está separada do conteúdo escolar.

A ética a Nicômaco - Aristóteles
Aprendemos ética (virtude) fazendo-a, na prática, exige tempo  e tem que ser demonstrada com exemplos (ações).

Vídeo-aula: 16

A CONSTRUÇÃO DE VALORES E A DIMENSÃO AFETIVA

Prof.ª Viviane Pinheiro

Essa vídeo-aula discute a perspectiva da afetividade como organizadora do pensamento e, desta forma, como parte fundamental na construção de valores. Ao final, apresenta algumas indicações de trabalho com os sentimentos na escola.
Existem duas acepções do papel da afetividade na moralidade na construção de valores:
·         Afetividade como “fonte de energia” para a cognição;
·         Afetividade como um dos aspectos organizativos do psiquismo humano.
Jean Piaget, publicou um artigo em 1953: As relações entre a inteligência e a afetividade no desenvolvimento da criança. Nesse artigo Piaget sinalizou a integração entre inteligência e afetividade. Afetividade para Piaget servia como fonte de energia para a cognição, afetividade assume papel motivacional, mas não modifica a cognição.
Exemplo: Um aluno fracassa em Matemática e isso é um caráter motivacional, pois o aluno vai tomar uma atitude diante do ocorrido, porém não interfere na cognição.
Mario Carretero : cita que tanto a afetividade como a cognição tem gasolina e motor, os dois possuem tanto a motivação como as estruturas.
A afetividade não é só motivacional, ela também organiza o psiquismo humano.
Exemplo: Os sentimentos de vergonha e culpa = relacionados à elaboração de valores.
ASPECTOS QUE OS DIFERENCIAM
VERGONHA
·         Relaciona-se à forma como o outro me vê;
·         Desejo de se esconder ou escapar.
CULPA
·         Relaciona-se mais à auto-avaliação do sujeito;
·         Desejo de confessar, de se desculpar.
ASPECTOS QUE OS RELACIOAM:
·         São sentimentos morais;
·         São tidos como emoções negativas;
·         São atribuições internas mas vivenciadas em relações interpessoais;
·         Emergem da regulação dos valores morais.
Um exemplo de Regulação pelos sentimentos de vergonha e culpa
·         Pesquisa: A generosidade e os sentimentos morais: um estudo exploratório na perspectiva dos Modelos Organizadores do Pensamento (Pinheiro, 2009)
·         Situação de conflito moral envolvendo o valor generosidade foi apresentada aos sujeitos.
A pesquisa foi feita co alunos de uma escola utilizando uma situação de conflito moral.
Situação: Um aluno está mal em uma disciplina, pede ajuda a um amigo e ess amigo se recusa a ajudá-lo.
Nas respostas verificaram-se como os sujeitos exporam seus sentimentos e com seus sentimentos atuaram como reguladores morais ou não.
   Uma parcela dos alunos não envolveu sentimentos de culpa e vergonha (sem sentimentos morais), o valor de generosidade não compareceu nas respostas, quando o sentimento de vergonha e culpa também não.
Outra parcela dos alunos envolveu os sentimentos de culpa e vergonha, assim a generosidade foi envolvida se apresentando nas respostas dos alunos, tem presente o valor de generosidade.
IMPLICAÇÕES EDUCACIONAIS DESSES ESTUDOS CITADOS:
·         Os sentimentos devem ser objetos de conhecimento a ser trabalhado na escola.
·         Não minimizar vínculos afetivos. A amizade esta relacionada com a generosidade e a escola tende a cortar esses laços pelos motivos de indisciplina, mas isso é prejudicial para a questão dos sentimentos.
·         Respeito à diversidade a partir do valor tolerância, regulado pelos sentimentos morais. Sentimentos morais podem ser trabalhados pelos professores, como o valor tolerância.
·         Promoção de um ambiente mais saudável e feliz, em que os sentimentos positivos levam à resolução de conflitos morais para um mundo mais justo e solidário. As pessoas que tem sentimentos positivos, têm uma tendência mais acentuada de resolver conflitos de uma forma ativa e não passiva.