(Univesp TV)
INTERDISCIPLINARIDADE E TRANSVERSALIDADE NA EDUCAÇÃO
A UNIVESP TV produziu um programa especial para o curso “Ética, valores e saúde na escola”: Interdisciplinaridade e transversalidade na educação. Nesse programa, especialistas como Nilson Machado, Pablo Mariconda e Edgar Morin discutem conceitos como interdisciplinaridade, transdisciplinaridade e transversalidade, e são apresentados exemplos de projetos escolares apoiados nessas concepções teóricas.
O Prof. Nilson Machado inicia a aula explicando que nós vamos para a escola para aprender a ler e a compreender o mundo. Ele ressalta que: “A interdisciplinaridade surgiu para que as disciplinas mudassem seus objetos, tivessem relações mais fortes entre as disciplinas.”
“A reação a fragmentação disciplinar foi à transversalidade, a busca de temas que atravessam transversalmente todas as disciplinas.”
A ESCOLA É DISCIPLINAR, MAS A REALIDADE E O MUNDO NÃO SÃO.
É preciso integrar as disciplinas para que um tema específico seja trabalhado em conjunto.
Estudar a Matemática como um fim é para um especialista. É preciso relacionar esta disciplina com as outras.
A transversalidade e a interdisciplinaridade são partes de um movimento que aparece de contraposição a um jeito de organizar o pensamento que surgiu no século XVII.
O termo Método Científico vem de René Descartes (1637 – Livro Discurso do Método). O Prof. Pablo Mariconda (Faculdade de Filosofia da USP) explica que para Descartes o método era muito importante, pois era racional e único, unidade do conhecimento e unidade do saber. No Discurso do Método, acaba reduzindo as quatro regras simples (Regras do Método Científico). O processo de especialização e profissionalização é um processo social no qual a modernidade incorporou a ciência como uma unidade fundamental. Regras do método: do simples para o complexo.
Edgar Morin (sociólogo francês) se opõe a fragmentação do conhecimento, fala sobre a fragmentação do conhecimento (método científico de Descartes): “um paradigma que chamaremos de ‘simplificação’ que domina o ensino e para conhecer nós separamos e reduzimos, o que é complexo em simples. Tal visão mutila, inevitavelmente, o conhecimento. O problema então é obedecermos a um paradigma que nos permita diferenciar e, ao mesmo tempo, relacionar. É justamente o paradigma que domina o conhecimento na nossa civilização e na nossa sociedade, é um paradigma que impede o conhecimento complexo, o conhecimento da era planetária.” E completa:
“Nosso sistema de educação ensina a separar as disciplinas, a separar o homem da natureza e a todos. Não ensina a religar. Reformar o pensamento é religar para enfrentar os desafios que são globais e multidimensionais.”
TEMOS QUE JUNTAR OS OUTROS MÉTODOS (CONTEXTUALIZADOS
E ALTERNATIVOS) PARA QUE POSSAMOS TER UMA VISÃO MAIS UNITÁRIA DE DETERMINADO CONHECIMENTO CIENTÍFICO. (Pablo Mariconda)
E ALTERNATIVOS) PARA QUE POSSAMOS TER UMA VISÃO MAIS UNITÁRIA DE DETERMINADO CONHECIMENTO CIENTÍFICO. (Pablo Mariconda)
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