Bem-vindo(a)! Este blog foi criado como uma ferramenta de avaliação para o Curso de Especialização Ética, Valores e Cidadania na Escola, oferecido pela Universidade de São Paulo.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Vídeo-aula: 24

DIVERSIDADE/PLURALIDADE CULTURAL NA ESCOLA

Prof.ª Daniele Kowalewski

Essa vídeo-aula visa levantar conceitos e discussões para pensar nas práticas pedagógicas, em meio as uma dimensão de valores para uma educação que visa à diversidade.

A diversidade chega na escola na década de 90, com o maior acesso de todos a educação.

ALGUMAS CATEGORIAS PARA PENSARMOS

·         Segundo Silvia Duschatzky e Carlos Skliar em “O nome dos outros”. Narrando a alteridade na cultura e na educação. Os autores oferecem três classificações:
ü  O outro como fonte de todo mal. Início e meados do século XX, o outro deve ser evitado, perseguido e isolado.
ü  O outro como sujeito pleno de uma marca cultural. Risco que podemos correr quando lidamos com a diversidade, o outro preso numa marca cultural.
ü  O outro como alguém a tolerar. O outro tolerado, também é o outro desprezado. Tolerar não é trabalhar com a diferença.

DIFICULDADES PARA LIDARMOS COM A DIFERENÇA

Muitas vezes o trabalho em sala de aula se torna arbitrário, como tendemos a julgar como normal aquele que é igual.

HISTÓRICO E DIRETRIZES

Ø  Constituição de 1988, tem o tema da Pluralidade sendo abordado, num artigo que diz, que o ensino de História do Brasil deve levar em consideração todos os povos e etnias que compõem a nação brasileira.
Ø  Em 1996, na LDB, Leis de Diretrizes e Bases, tem alguns parágrafos destinados às diferenças mas com o foco maior na educação indígena.
Ø  Somente em 1998, com a publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais aparece a Pluralidade Cultural, como um dos temas transversais da educação brasileira.
Ø  Em 2003, assinatura da Lei nº 10.639, que traz a obrigatoriedade da educação da história da África e da cultura afro-brasileira nas escolas. Essa lei é complementada em 2008, pela Lei nº 11.645que estende essa obrigatoriedade a cultura indígena.
Ø  Em 2005, é publicada a Diretriz Curricular nacional para a educação étnico racial, e tanto para a história da África quanto para a cultura afro-brasileira.
Ø  Em 2007, publicação do Programa Ética e Cidadania, que traz elementos como a Inclusão, Direitos Humanos, Ética e Cidadania, através de textos e atividades para que esse trabalho seja contemplado no âmbito escolar.
Ø  Em 2010: Um novo Marco. “Estatuto da Igualdade Racial”. (Julho,2010)
             O estatuto contém os seguintes assuntos:
·         Discriminação Racial passa a ser definida como “distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em etnia, descendência ou origem nacional”;
·         Desigualdade Racial ficou definida como “as situações de diferenciação de acesso e gozo de bens e serviços e oportunidades nas esferas públicas e privadas”;
·         População negra é formada por todas as pessoas que se classificam como tais ou pretos, pardos ou outro termo parecido.

ALGUMAS EXPERIÊNCIAS E QUESTÕES

·         Oficinas com professores e trabalhos em sala de aula: trocas constantes;
·         Questões mais polêmicas: cotas raciais (exige maior debate);
·         O que fazer na escola quanto a temática da pluralidade?
·         Será que nós educadores conseguimos lidar com todas as diferenças?
·         É possível ensinar sobre o outro sem torná-lo exótico?
·         Afinal, como é possível educar na diferença?

Termina-se a vídeo-aula com essas perguntas (dúvidas), porque esse tema está em transição e temos que pensá-lo, discuti-lo e ampliá-lo no âmbito escolar.

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