Professor autor
Prof.º Gabriel Perissé
Fonte: www.helenavetorazo.blogspot.com
A experiência da leitura pode questionar, ampliar, revolucionar, aperfeiçoar nossa visão de mundo e nos fazer criar um sistema pessoal de convicções, e isso expressamos como autores.
A fala, ou seja, a linguagem esta unida ao pensamento, estamos, a todo tempo, falando, fabulando, conversando com os outros e conosco mesmos.
Nós falamos por conta própria a nos expressamos por conta própria.
Um profissional da educação que não é autor de suas ideias e ações, que não é responsável por aquilo que faz e que apenas obedece, de forma servil, não pode também ser um propiciador de autonomia.
Existe uma falha quando dizemos que formamos para autonomia e não temos autonomia em nosso próprio espaço de formação. O profissional docente precisa exercitar sua própria crítica e autonomia, tendo total liberdade de tomar suas decisões.
A autoria está muito ligada ao exercício da liberdade; o criador é livre, cria as próprias regras do seu fazer, entra em sintonia com o material que manipula. Este momento de grande autonomia, liberdade e sintonia devem estar presentes na sala de aula.
A autonomia do docente não se conquista sem um estilo de ensinar conquista à medida que trabalha e abre espaço a seu próprio estilo e personalidade.
Muitas vezes, infelizmente, os professores brasileiros são maltratados e permanecem calados, abnegados, tão sacrificados e na verdade deveriam ser líderes sociais, referências intelectuais da sociedade.
É necessário que o professor cause uma ruptura, uma surpresa, um certo desconforto, para que, assim, possa reconstruir o conhecimento com sua própria maneira de ver o mundo; ele deve surpreender-se e surpreender os outros, saindo, dessa maneira, da comodidade, do lugar-comum. É preciso criar novos âmbitos, novos espaços, novas ideias, criar convicções pessoais.
Também é tarefa do professor atuar na internet, já que as crianças e jovens de hoje já nasceram no ambiente virtual, na chamada era digital. É importante que o professor autor atue na internet, crie seu espaço para interagir com pessoas de todas as idades, inclusive, com seus alunos, sempre, claro, lembrando-se de se manter nos limites da ética humana.
“O mínimo que se exige é que cada professor elabore com mão própria a matéria que ministra.”
“Tal elaboração será uma síntese barata, se for reprodutiva, mas será criativa, se acolher tonalidade própria e construtiva.” (Pedro Demos. Futuro e Reconstrução do Conhecimento. Petrópolis, Ed. Vozes. 2004)
Falar em reconstrução, primeiro deve haver a ruptura, o desconforto, para poder cada um construir e criar novos âmbitos,
O docente deve compreender a importância da participação na web, a presença do professor é marcante na web, não podemos ficar a margem, devemos criar blogs, sites, estar nesse ambiente.
Nesse contexto: “Cabe ao professor educar a web, porque como qualquer âmbito de convivência, há de tudo, e o nosso papel como educadores não é só apenas dar a lição de casa, mas viver a nossa própria lição dentro de todos ambientes e isso nos compromete muito mais. Não somos apenas cumpridores de tarefas, aulistas, temos um papel de liderança na sociedade.”
E as três ações triviais tão necessárias, da formação e da prática docente são ler, pensar e escrever (ser autor). E elas coincidem com a nossa própria existência.
E as três ações triviais tão necessárias, da formação e da prática docente são ler, pensar e escrever (ser autor). E elas coincidem com a nossa própria existência.
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