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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Vídeo-aula: 09

Modelos de ensino: das concepções docentes às práticas pedagógicas
Prof.ª Silvia Colello

Fonte da imagem:  www.geocities.ws

A preocupação da maior parte dos professores é coma a prática pedagógica, e o perigo disso é o professor deixar de pensar em sua pratica pedagógica em um âmbito maior, que da sustentação a ela. Temos algo maior que é a fundamentação do projeto educativo, e existe um perigo quando ficamos tomados pelo ativismo da prática pedagógica sem critérios para tomar decisões.
A cilada da prática que se esgota na pratica
·         É achar que os fins justificam os meios
·         Insegurança do professor
·         Desequilíbrio do projeto educativo
·          Trajetória incerta dos alunos e resultados inexplicáveis
·         Dificuldades para planejar e avaliar
·         Falta de diretrizes e de critérios para organizar o fazer pedagógico
A prática pedagógica nunca é neutra, sempre esta comprometida com alguns valores.
Portanto a pratica pedagógica é tributaria, é devedora de posturas que vão mais afundo na pedagogia.
Na psicologia, na literatura, na antropologia existem duas formas de compreender o mundo: o fixismo e transformismo.
O fixismo é o modo de compreender o mundo daquelas pessoas que acham que o mundo gira e gira, mas tudo é sempre igual. Acredita que o mundo é sempre igual e as coisas não mudam.
Em oposição a esse modo de ver o mundo temos o transformismo, que acredita que o mundo esta sempre mudando. Acreditam na eterna transformação do mundo.
Fixismo Essencialismo
Correspondente a essa visão de mundo temos a visão do que seja o homem, e para o fixismo temos o essencialismo, é aquela corrente de pessoas que acham que o homem tem uma essência, e isso é dado e não pode ser mudado.
Transformismo Relacionismo
Em oposição a essa visão e correspondendo ao transformismo temos o relacionismo, é uma corrente de pessoas que acham que o ser humano se constitui a partir das relações, das relações com pessoas, com objetos de conhecimento, com a cultura, etc.
Correspondendo ao Fixismo e Essencialismo, temos duas correntes, o inatismo e empirismo.
E correspondendo ao Transformismo e Relacionismo, temos o Construtivismo e Sócio-construtivismo.
Inatismo: acha que o ser humano ao nascer Jam é tudo, esta pré formado, esta pronto.
Empirismo: Diz que o ser humano é como uma folha de papel em branco, tem que receber tudo para se constituir.
O Relacionismo em oposição da origem a teorias da educação: Construtivismo e Sócio-construtivismo, que acredita no ser humano que aprende a partir das relações.
EMPIRISMO
Representantes: Locke, Hume, Pavlov, Skinner, Mager.
Homem: Tabula rasa, ser passivo, governado pelo ambiente e modulado por estímulos externos.
Educação: Convenção pelo arranjo de condições para o conhecimento, escola é agência sistematizadora de uma cultura pré-estabelecida.
Conhecimento: “pacote pronto”, definido a priori
Professor: Representante do saber e transmissor do conhecimento
Prática pedagógica: Ensino fragmentado sob a forma de dar e tomar o conteúdo independente da realidade do aluno, pretensão de controle do processo e homogeneidade do desempenho.
INATISMO
Representantes: Sócrates, Rousseau, Rogers, Nell.
Homem: a semente que traz em si o potencial do ser.
Educação: revelação paralela ao desenvolvimento, respeitando a natureza do indivíduo.
Conhecimento: vinculado ao dom.
Professor: facilitador da aprendizagem.
Prática Pedagógica: não diretiva, centrada na autodireção do aluno e no contrato feito entre professor e aluno.
CONSTRUTIVISMO
Representantes: Piaget, Wallon, Vygotsky, Emilia Ferreiro.
Homem: ser inteligente, ativo no processo de aprendizagem.
Educação: Conjunto de intervenções significativas que possam incidir sobre o processo de desenvolvimento e aprendizagem pelo enfrentamento de situações problema e pela interação com o sujeito cognoscente.
Conhecimento: Construção progressiva processada pela elaboração mental a partir de experiências sociais com o objeto do conhecimento mediadas pela interação entre as pessoas.
Professor: buscar a sintonia entre os processos de ensino e aprendizagem; organizar o ensino em função do sujeito aprendiz; atuar como problematizador e desestabilizador em situações conflitivas; valer-se dos erros como oportunidades pedagógicas.
Prática Pedagógica: ampliação das possibilidades de mediação e de conhecimento, respeitando o tempo de aprendizagem, a diversidade de conhecimentos e a heterogeneidade cultural; aproximação entre escola e vida por meio de projetos, resolução de problemas e práticas de pesquisa.

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