Bem-vindo(a)! Este blog foi criado como uma ferramenta de avaliação para o Curso de Especialização Ética, Valores e Cidadania na Escola, oferecido pela Universidade de São Paulo.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Vídeo-aula: 15

Dados da Educação Especial no país
Prof.ª Kátia Amorim
Fonte da imagem: www.gisamm.blogspot.com
A vide-aula apresenta os dados do MEC sobre a “Evolução da Política de Inclusão nas classes comuns do Ensino regular” e eles demonstram um aumento significativo no número de matrículas de 1998 a 2011: de 337.326 matrículas passou para 700.624 matrículas.
Verifica-se que 14,5% da população brasileira tenham necessidades especiais, e 2% destes, são crianças e jovens, totalizando 2.850.604, portanto, estamos muito aquém de atender as necessidades.
A seguir os dados levantados em uma pesquisa realizada no interior paulista, em escolas regulares e de educação especial, tanto da rede pública quanto privada.
·         Registros e informações: Dificuldade de ter acesso a informações, somente às escolas especializadas tem o registro das observações arquivado. As escolas regulares apresentam dificuldade em ter um registro de seus alunos. O acesso à informação é precário e limita a traçar um diagnóstico da situação.

·         Diagnóstico: um grande contingente de crianças, às vezes, nem diagnóstico tem. Os diagnósticos e registros são dados de maneiras diversas, impossibilitando a instrumentalização de professores para trabalhar com os alunos. A não diferenciação entre os graus de deficiência dificulta o trabalho, é necessário que a deficiência do aluno seja especificada. Nos diagnósticos a dominância é deficiência intelectual. Outro fator é a dominância absoluta de meninos; a maioria absoluta dos diagnósticos é de meninos. A preocupação é, será que as meninas estão sofrendo múltiplas exclusões? O mito do menino impossível, se transformou em menino deficiente?

·         Tempo de permanência na escolao tempo de permanência é quase desastroso. Na escola pública, a maioria absoluta dos alunos fica de um a quatro anos no ensino regular e um grande contingente chega a ficar somente um ano; as crianças com deficiência frequentam a escola, mas não permanecem lá. Nas escolas especializadas, as crianças chegam passar o resto de suas vidas. Na permanência elas ascendem absolutamente de maneira descontínua, muitas vezes permanecem em uma mesma serie vários anos e isso faz com que ela mude de escolas varias vezes. A maioria desses alunos está na educação infantil (75%), isso ocorre porque ao passar dos anos a maioria desses alunos evade. A certificação é o ponto de estrangulamento no sistema.

Escola especial
·         Nos últimos 10 anos, o número de educandos aumentou cerca de          6, 44%.
·         Prevalência de atendimentos da instituição em dois focos centrais: EJA (30,5%) e Educação Precoce (28%) - não existe certificado, de fato, o que não possibilita uma inserção no mercado de trabalho.
·         Parceria com o ensino regular ainda é muito baixa.

Onde estão os alunos com necessidades especiais?
A maioria desses jovens está fora da escola e não respondem a demanda. Porque a escola não garante a certificação para o mundo do trabalho, esses jovens precisam de um certificado, de uma formação escolar.

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