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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Vídeo-aula: 16

Trajetórias escolares de deficientes e a EJA: a questão do fracasso escolar
Prof.ª Lucia Tinós
O objetivo da aula é apresentar duas pesquisas que evidenciam e discutem as múltiplas e conturbadas trajetórias escolares de alunos com deficiência, que culminam com a busca pela Educação de Jovens Adultos – EJA.

Pesquisas

Ø  Mapeamento de dez anos, de alunos com deficiência na educação de jovens e adultos (TINÓS, L. M. S.; AMORIM, K. S., 2008)
  Foi um estudo quantitativo, que coletaram dados como: Existem alunos com deficiência na EJA? Quem são? E quantos são?
Ø  Os caminhos de alunos com deficiências à EJA: Conhecendo e compreendendo algumas trajetórias escolares (TINÓS, L. M. S., 2010).
  É um estudo qualitativo, sobre duas jovens que resignificaram e mudaram suas trajetórias até chegarem à EJA

A Prof.ª Lucia Tinós aborda as trajetórias escolares de deficientes e a EJA, enfocando o fracasso escolar.

Educação de Jovens e Adultos na Legislação

·         LDBEN/9394/96, Artigo 37, constitui a EJA como modalidade de ensino utilizada na rede pública no Brasil, para propiciar a educação de jovens e adultos.
·         Parecer CEB nº 11/2000: orientações sobre a organização e a função dessa modalidade de ensino.
Ainda assim historicamente, alguns autores ressaltam que a EJA, mesmo incorporada na Legislação, sempre foi uma modalidade posta em segundo plano.

Dados da primeira pesquisa: Quem é o aluno da EJA?

·         São sujeitos compostos pela e na diversidade;
·         Geralmente oriundos de uma camada socialmente mais empobrecida e marginalizada: negros, idosos, trabalhadores ruais, alunos com Necessidades Educativas Especiais, etc.
·         Dentro da diversidade: aumento de alunos com deficiência.

De acordo com pesquisa realizada, uma visão dos diagnósticos

·         Deficiência mental ou déficit intelectual: 43%
·         Deficiência auditiva: 18%
·         Deficiência visual: 2%
·         Deficiências múltiplas: 9%
·         Condutas atípicas: 14%
·         Deficiência física: 6%
·         Outros: 9 %
Esses dados estão de acordo com o MEC, que mostra que a busca maior pela matricula, são dos alunos com deficiência intelectual.
Quem dá o diagnóstico desses alunos? Como esse diagnóstico ajuda o professor da EJA a lidar com esses jovens e adultos com deficiência?

Que caminhos levam esses jovens e adultos à EJA

·         51 % dos alunos com deficiência que estavam na EJA, eram provenientes de escolas especiais, onde não completaram seu processo de escolarização, não eram alfabetizados.
·         26 %: Alunos com deficiência que eram provenientes de escolas municipais e públicas.

EJA: oportunidade ou armadilha?

ü  A média de permanência dos alunos com necessidades especiais é de dois a três anos na mesma sala  e tinham alguns alunos que já estava há mais de 8 anos em uma mesma sala, sem avanço na sua escolarização. De todos os registros encontrados (2004-2007), apenas 0, 42% dos alunos com deficiência conseguiram certificação.

ü  Os alunos da EJA são jovens e adultos que tem sonhos e projetos, e apresentam histórico de exclusão escolar. As propostas referendadas pela legislação estão longe de serem efetivadas, pois não se sustentam em informações concretas da realidade de seu alunado, "alunos invisíveis".
ü  Temos de tornar visíveis pessoas que historicamente não enxergamos, não escutamos, não falamos, não acolhemos e não acreditamos. E termina a Prof.ª Lucia, “Eles são muito mais capazes do que nós achamos”.

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