A educação de pessoas com necessidades especiais é de fato ineficaz?
Prof.ª Kátia Amorim
Fonte da imagem: www.pragentemiuda.org
Historicamente a educação está embasada em alguns paradigmas que são bastante específicos e que pressupõe que o desenvolvimento se dá de maneira igual e na educação se espera que todos aprendam da mesma maneira, o aluno que não acompanha é visto como deficitário. E leva a uma relação de professor com aluno dificultosa, e a impressão que o professor tem é que não adianta investir nessa criança.
Assim, pensar nessa regularidade, linearidade, que todos façam igual e ao mesmo tempo, fere noções de desenvolvimento e aprendizagem que consideram a complexidade e, só podemos trabalhar de forma produtiva, com o olhar sob a complexidade.
Para amenizar em alguma medida as deficiências sensoriais, com o uso de recursos tecnológicos e profissionais, podemos citar:
ü Braille, para as crianças e jovens cegos;
ü Amplificadores visuais (deficientes visuais);
ü Libras para os surdos;
ü Amplificadores de som (aparelhos auditivos);
ü Cadeiras especiais, uso de computadores no caso de deficientes físicos.
Temos que deixar de pensar num desenvolvimento linear e compreender que o desenvolvimento é complexo.
Plasticidade Cerebral
Propriedade do Sistema Nervoso que permite o desenvolvimento de alterações estruturais e funcionais, é uma capacidade adaptativa do cérebro. Várias teorias e4xplicam a plasticidade cerebral.
É o potencial que o cérebro humano tem para uma recuperação funcional por causa de uma lesão, de alguma alteração do seu funcionamento. Essa recuperação depende de vários fatores: a idade do individuo, o local, o tempo de uma lesão e a natureza de uma lesão.
E destaca: “quando eu recebo uma criança eu preciso investir nela, pois pode ocorrer um salto no seu desenvolvimento, já que ela tem uma possibilidade, uma plasticidade para se adaptar, para recuperação funcional que a gente desconhece. É preciso investir nessa criança, necessitamos de objetivos precisos de investimento.”
O papel fundante do “outro” e do meio
Não podemos predeterminar qual vai ser o limite do desenvolvimento do indivíduo. Temos que investir, para poder descobrir qual o limite; e conhecendo, saber o diagnóstico, para poder realizar um planejamento de ensino bem estruturado.
Deve ser realizado um diagnóstico, por parte dos professores e da área da saúde. Saber o diagnóstico é saber quais são as características, para dentro de sala de aula poder trabalhar de forma adequada e satisfatória.
Papel do professor, do meio (escola) em parceria com a família, no processo de mediação da criança
Temos três eixos:
1) Identificar as dificuldades do aluno.
2) Desenvolvimento de habilidade e descobertas de potencialidades , com um trabalho bem estruturado e que favoreça o desenvolvimento cognitivo, social e cultural. Sabendo que não temos bola de cristal, devemos conhecer o diagnóstico.
3) Respeito às especificidades.
Portanto, o desenvolvimento dessa criança dentro da escola vai depender fundamentalmente da relação professor-aluno, e paralelamente da relação com o meio.
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