Bem-vindo(a)! Este blog foi criado como uma ferramenta de avaliação para o Curso de Especialização Ética, Valores e Cidadania na Escola, oferecido pela Universidade de São Paulo.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Vídeo-aula: 07

Os estudos culturais e a produção da identidade e da diferença

Prof.º Mario Nunes

A vídeo-aula abordará a problemática da identidade e da diferença.


Concepções de identidade
A cultura que regula as ações e essa vem sofrendo influências dos processos de globalizações. Interessa compreender as relações que ocorrem entre os sujeitos e os modos como são definidos e marcados.
A teorização cultura diferencia três concepções de identidade, que possibilita entender o modo como às pessoas veem umas as outras.
A primeira é associada à ideia do Iluminismo, Sujeito do Iluminismo, nessa concepção o sujeito nasce com uma identidade que pouco se desenvolve ao longo da vida, pois ele tem um núcleo e independe do entorno de qualquer experiência pessoal.
Segunda concepção de identidade é a Sociológica, Sujeito Sociológico, nesta o sujeito também apresenta um núcleo interior mas sofre influências durante as interações que realiza com o mundo externo. Essa perspectiva sutura o sujeito ao seu meio e estabiliza identidades em conformidade com a cultura em que está inserido de forma permanente. Essa concepção é dominante na escola.
A terceira concepção de identidade é a do Sujeito Pós-Moderno, esta se refere às condições da sociedade em que vivemos, condições que criam incessantemente novas formas de representação e grupos sociais.
O sujeito é composto não de uma mas de várias identidades: de gênero, classe, raça, nacionalidade, de origem étnica, de religião, etc.
A identidade é fruto da linguagem.

Jogos de força: o poder de definir e marcar a identidade e a diferença
A identidade e a diferença estão sujeitas as relações de poder expressas em ações que oprimem certa parcela de indivíduos e grupos, cujos efeitos acabam por desvalorizar ou silenciar suas vozes, suas historias e seus anseios. O que se objetiva nas relações sociais é estabelecer limites entre a identidade e a diferença. Deste modo pode-se entender o que é a identidade: a norma, o correto, o idêntico; e o que é a diferença: o outro, aquele que é marcado na sua negação.
As discussões sobre a identidade e a diferença concentram aspectos de reivindicações de certos grupos.
Cada grupo social tem sua forma de classificar.


Quem detém o poder de classificar tem o privilegio de atribuir valores e hierarquizar as coisas classificadas.
Relação de poder que determina quem esta dentro e quem esta fora.
A constituição social das identidades pode ser compreendida na analise dos comportamentos dos alunos que formam vários grupos distintos nas escolas, essa constituição indica que a produção da identidade é relacional, a identidade é produzida em função da sua distinção em relação ao que ela não é, esta em constante reformulação.
Aspectos que marcam as diferenças são: a classe social, a raça, o gênero, a sexualidade, a etnia, a nacionalidade, a idade, a preferência musical, o modo de se vestir e todo aquilo que constitui os nossos meios simbólicos de viver.

Pedagogia da diferença
Nas ações sociais do cotidiano é possível localizar tantos processos de dominação, fixação de identidade como os mecanismos de resistência cultural, de deslocamento e desestabilização que ocorrem. Vão ser considerados diferentes ou as diferenças aqueles que por suas características sociais, por seus corpos, por serem portadores de necessidade especiais, pelo seu desempenho cognitivo ou motor, pelas suas tradições étnicas ou local de moradia; que não estiverem adequadas as normas de competitividade da globalização.

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